terça-feira, 12 de junho de 2012

Capítulo 19


Matt estava tocando na casa dos Bryce com Elena a seu lado, ela tinhas se disfarçado com
um chapéu dos Virginia Cavalers Beisebol cobrindo seu cabelo e uns óculos de sol que tirou
da gaveta de Stefan. Ela estava luzindo uma grande camiseta Pendlenton marrom doada por
Matt e um par de jeans de Meredith. Estava segura que ninguém que tivesse conhecido a
antiga Elena Gilbert iria reconhecer-la vestida assim.
A porta se abriu lentamente para revelar o Senhor e a Senhora Bryce, mas não era nenhum
deles e sim Tamia. Ela estava vestindo, bem quase nada, só tinha a parte inferior de um
biquíni, parecia ser feito a mão, como se tivesse cortado um biquíni normal com tesouras, e
estava começando a se separar. Em cima ela tinha dois círculos de cartões com broches
colados e um par de linhas de espumas coloridas. Em sua cabeça tinha uma coroa de papel
que era claramente de onde tinha tirado as espumas. Ela tinha feito uma tentativa de colar as
linhas na tanga também, o resultado se via do modo em que era: uma garota tentando fazer
um traje para uma stripper de Las Vegas.
Matt imediatamente virou o rosto para não ver, mas Tamy chegou perto dele e começou a
abraçá-lo pelas costas.
“Matt bumbum lindo” disse delicadamente “Você voltou, sabia que voltaria. Mas porque
trouxe esta feia e velha vadia com você? Como vamos poder…”
Elena chegou perto então, porque Matt dava voltas com sua mão elevada, ela estava segura
que Matt jamais tinha atacado a uma mulher em sua vida e menos a uma garota, mas ele
estava quase demasiado sensível por uma ou duas razões, como ela.
Elena conseguiu ficar entre Matt e a surpreendentemente forte Tamia, ele teve que esconder
um sorriso quando viu seu disfarce, depois de tudo faz só alguns dias ela não entendia o tabu
da nudez. Agora sabia,mas já não tinha importância de antes. A gente nascia com sua pele
perfeita, não tinha uma razão real em sua mente para usar uma pele falsa em cima ao menos
que fizesse frio ou de algum modo se sentisse incomodado sem isso. Mas a sociedade dizia
que estar nu era ser perverso, Tamy estava tentando ser perversa em seu modo de menina.
“Tire as mãos de cima, vadia” Tamia grunhiu enquanto Elena se afastava de Matt e depois
acrescentou varias palavras amaldiçoando.
“Tamy, onde estão seu país? Onde está seu irmão?” disse Elena ignorando as palabras
obscenas – só eram sons – mas viu que Matt tinha os lábios brancos.
“Você vai se desculpar com Elena agora” Se desculpe por falar desse modo!” mandou ele.
“Elena fede a cadáver com vermes em seus olhos” cantou Tamia “Mas minha amiga disse
que só tinha sido uma vadia quando estava viva, uma real” – houve uma série de quatro
palavras que fizeram Matt soltar um grito apagado – “Vadia barata, nada mais barato que o
que vem grátis”
“Matt, não preste atenção à ela” disse Elena em baixo da respiração e depois repetiu “Onde
estão seus país e Jim?”
A resposta veio com mais maldições, mas somadas a história – verdade ou não – que seus
país tinham ido de férias num par de dias e que Jim estava com sua namorada Isabel.
“Está bem, então acho que vou te ajudar a colocar algo descente” disse Elena “Primeiro acho
que necessitas de um banho e tirar essas coisas de natal –”
“Só tente-e-e! Só tente-e-e!” a resposta vinha mais como um relinchar de um cabelo que de
um humano “Os colei com cola permanente!” acrescento Tamy e começou a rir muito alto.
“Oh meu Deus – Tamia, sabe que se não há nenhum solvente para isto, terão que te fazer
uma cirurgia?”
A resposta de Tamy foi terrível, inclusive tinha um cheiro horrível. Não, não um cheiro,
pensou Elena: Um cheiro de algo no intestino.
“Ops!” Tamy voltou a rir fortemente “Pardon moi, pelo menos é gás natural”
Matt clareou sua garganta “Elena – não acho que deveríamos estar aqui. Com sua família
fora e tudo…”
“Vocês te medo de mim” Tamia soltou risadinhas “vocês não?” – muito de repente em uma
voz que era muito mais grave.
Elena olhou Tamia nos olhos “Não, só sinto pena de uma pobre garota que estava no lugar e
na hora errada. Mas Matt tem razão, acho, temo que ir embora”
O comportamento de Tamy pereceu mudar “Desculpem… não sabia que ia ter visita desse
calibre. Não vai embora, por favor, Matt” depois acrescentou em um sussurro confiado a
Elena “Ele é bom?”
“O quê?”
Tamy assentiu para Matt que de imediato lhe deu as costas. Ele estava como se sentisse uma
terrível e repulsa fascinação na ridícula aparência de Tamy.
“Se ele é bom de cama?”
“Matt, olha isto” Elena levantou um pequeno tubo de cola “Acho que colou tudo isso em seu
corpo com cola permanente. Temos que chamar a proteção de menores ou a algum lado
porque ninguém a levou ao hospital. Assim seus país sabiam ou não de seu comportamento
não deveriam deixá-la sozinha”
“Só espero que eles estejam bem, sua família” disse Matt desolado enquanto saiam pela
porta, Tamy os seguiu relaxadamente no carro e disparando detalhes macabros de “o bom
tempo” que eles iam passar “os três”.
Elena a olhou inquieta desde o banco de passageiro – ela não tinha carteira de motorista para
dirigir, claro, elas sabia que não devia dirigir “Talvez deveríamos levar-la para a polícia.
Meu Deus, pobre família!”
Matt não disse nada por um largo momento, suas bochechas estavam tensas, sua boca severa
“Me sinto de algum modo responsável. Digo, sabia que tinha algo mal nela – deveria ter dito
a seus país”
“Agora você está soando como Stefan, não é responsável de todos os que conhecemos”
Matt a olhou agradecido e Elena continuou “De fato vou pedir a Bonnie e Meredith que
façam outra coisa que prove que você não é. Vou pedir para elas irem onde Isabel Saitou, a
namorada de Jim. Você jamais teve contato com ela, mas Tamy sim”
“Você quer dizer que ela tem isso também?”
“Isso é o que espero que Bonnie e Meredith investiguem”
Bonnie parou como morta quase soltando os pés da Senhora Forbes “Não vou entrar nesse
quarto”
“Você tem que fazer, não posso sozinha” disse Meredith e logo a persuadiu “Olha, Bonnie,
se entrar comigo, te direi um segredo”
Bonnie mordeu seu lábio, depois fechou os olhos e deixou que Meredith a guiasse passo a
passo pela casa do terror. Ela sabia onde estava o quarto principal – depois de tudo tinha
brincado ali desde pequena, por todo o corredor e depois virando na esquerda.
Se surpreendeu quando Meredith parou depois de uns passos “Bonnie”
“Certo, o quê?”
“Não quero te assustar, mas –”
Isso aterrizou imediatamente em Bonnie, seus olhos se abriram de um estalo “O que? O
que?”
Antes de que Meredith pudesse responder ela viu atrás de seu ombro com medo o viu o que
era.
Caroline estava atrás dela, não parada, ela estava engatinhando – não, ela estava se
arrastando, do modo em que tinha feito no chão de Stefan, como um lagarto. Tinha seu
cabelo bronze revoltado sobre seu rosto e seus cotovelos e joelhos dobrados em ângulos
impossíveis.
Bonnie gritou, mas a pressão da casa pareceu voltar o grito em sua garganta. O único efeito
que teve foi que Caroline a olhava com um movimento rápido de réptil.
“Oh, meu Deus – Caroline, o que aconteceu com seu rosto?”
Caroline tinha um olho preto, ou preferivelmente um olho roxo tão inchado que Bonnie
soube que ia ficar preto com o tempo, em sua mandíbula também tinha outro machucado.
Caroline não respondeu, ao menos que conte como resposta um assovio que deu enquanto
chegava perto se arrastando.
“Meredith, corre! Está bem atrás de mim!”
Meredith apressou o passo assustada – o que assustava mais Bonnie já que sua amiga não se
assustava com facilidade. Mas assim como tremiam com a Senhora Forbes entra elas,
Caroline se movia rapidamente em baixo de sua mãe, entrou no quarto de seus país, o quarto
principal.
“Meredith, não vou en – “ mas elas já estavam tropeçando com a porta. Bonnie olhou
cortadamente cada canto, não pôde ver Caroline.
“Talvez esteja no armário” disse Meredith “Me deixe ir primeiro e colocar sua cabeça no
outro lado da cama, podemos ajustar-la depois” ela deu a volta ao redor da cama, quase
arrastando Bonnie e deixou o torso no alto para que sua cabeça descansara nos travesseiros
“Agora coloque os pés no outro lado”
“Não posso! Não posso fazer isso! Você sabe que Caroline está em baixo da cama”
“Ela não pode estar em baixo da cama. Tem só uns cinco centímetros de altura” Meredith
disse firmemente.
“Ela está ali! Eu sei” – Braba – “ você me prometeu que ia me contar um segredo”
“Está bem!” Meredith deu uma olhada de cumplicidade através de seu despenteado cabelo
“Ontem telegrafei para Alaric, ele está em um lugar tão remoto e longe que o telégrafo é a
púnica forma de conseguir e podem passar dias para que receba a mensagem. Pensei que,
iríamos precisar de seu conselho, me sinto mal lhe pedindo para fazer coisas que não são de
seu doutorado, mas –”
“E quem se importa com o doutorado? Deus te abençoe!” chorou Bonnie agradecida “Você
fez bem!”
“Então venha colocar a Senhora Forbes na parte de baixo da cama, você pode fazer se
apoiando”
A cama era California King-size e a senhora Forbes estava deitada em um angulo
atravessado como um boneco jogado no chão, mas Bonnie parou no pá da cama “Caroline
vai me pegar”
“Ela não vai fazer. Vamos Bonnie, só pegue as pernas da senhora Forbes e levante…”
“Se eu chegar muito perto da ama, vai me pegar!”
“Porque o faria?”
“Por que ela sabe que tenho medo dela! E agora que falei, definitivamente vai fazer”
“Se te pegar, vou dar um chute na cara dela”
“Sua perna não é tão comprida, só vai bater no marco fino de metal da cama –”
“Oh, pelo amor de Deus, Bonnie! Só me ajude!” a última palavra foi um grito completo.
“Meredith –” Bonnie começou e depois gritou também.
“O que foi?”
“Ela me pegou!”
“Não pode! Ela pegou a mim! Ninguém tem os braços tão compridos!”
“Ou tão forte, Bonnie! Não consigo me soltar!”
“Eu também não!”
E então todas as palavras se afogaram em gritos.
Depois de deixar Tamy com a polícia, levou Elena ao redor das árvores conhecidos do
parque de Fell’s foi… bom, mais uma caminhada no parque. Eles paravam cada vez, Elena
abaixava, dava uns passos pelas árvores e ficava, chamando – como fosse que o fazia.
Depois voltava ao Jaguar desolada.
“Não estou segura de que Bonnie não fosse melhor para isto” lhe disse a Matt “Podemos nos
preparar para ir nesta noite”
Matt estremeceu involuntariamente “Duas noites foram suficientes”
“Você sabe que nunca me contou, ou ao menos não quando já podia entender o que me
diziam”
“Bom, ia dirigindo como agora, exceto que era quase ao outro lado do Velho Bosque – perto
de onde o raio partiu em dois o Carvalho?”
“Sim”
“Quando algo apareceu no meio do caminho”
“Uma raposa?”
“Bem, era vermelho com um farol, mas não era como nenhuma raposa que tenha visto antes
e desde que aprendi a dirigir sempre passei por essa rua”
“Um lobo?”
“Como um lobisomem, você quer dizer? – mas não, vi lobos em baixo da lua e são mais
grandes. Isto era intermédio”
“Em outra palavras” disse Elena estreitando seus olhos lápis-lazúli “Uma criatura criada”
“Talvez, com certeza era diferente dos Malach que morderam meu braço”
Elena assentiu, os Malach podiam tomar muitas formas segundo entendia. Mas todos iam em
equipe: todos usavam poder e necessitavam uma dieta de poder para viver. E podiam ser
manipulados por um poder mais forte.
E tinham inimigos venenosos dos humanos.
“Então o que na realidade sabemos é que não sabemos de nada”
“Correto. Esse foi o lugar onde o vimos, isso de repente apareceu no meio da – Hey!”
“Vai para a direita! Bem ali!”
“Justo com isso! Era justo com isso!”
O Jaguar chiou quase para parar virando na direita, não em uma vala, mas sim entre um
pequeno trilha que ninguém sabia ao menos que o estivessem procurando diretamente.
Quando o carro parou, eles estavam no trilho respirando fortemente. Nenhum tinha que
perguntar ao outro se tinha visto a criatura vermelha atravessar a rua, mais grande que uma
raposa, mas mais pequeno que um lobo.
Eles olharam a pequena trilha.
“A pergunta de um milhão: Devemos ir?”
“Não há placas de NÃO ENTRE – e dificilmente casas deste lado do bosque. Passando a rua
e pelo caminho abaixo vivem os Dunstans”
“Então vamos?”
“Vamos, mas devagar. É mais tarde do que pensava”
Meredith com certeza foi a primeira a se acalmar “Bem, Bonnie” disse “Pare agora! Não vai
fazer nenhum bem aqui”
Bonnie pensou que não podia parar, mas Meredith tinha essa olhar em seus olhos escuros,
isso significava que estava séria. O olhar que tinha tido antes de que Caroline caísse no chão
de Stefan.
Bonnie fez um esforço extremo para encontrar de algum modo que podia parar o seguinte
grito. Olhou para Meredith sem fazer barulho sentindo seu próprio corpo se sacudir.
“Certo. Certo, Bonnie, agora” Meredith engoli saliva “Esticar não ajuda nada. Então vou
tratar de… levantar seus dedos, se algo me acontecer, se – me puxar para baixo da cama ou
algo então corra, Bonnie. E se não puder correr, vai chamar Elena e Matt, chame até que
respondão”
Bonnie fez algo heróico então, ela se negou ver Meredith em baixo da cama. Não ia se
permitir ver Meredith lutando e desaparecendo ou como se sentisse totalmente sozinha. As
duas tinham deixado as bolsas com os celulares na entrada quando subiram a senhora Forbes,
então Meredith não se referia a chamar normalmente, se referia a ‘chamar-los’.
Uma repentina rajada de indignação chegou a Bonnie, porque as garotas carregam bolsas
então? Inclusive a eficiente e confiável Meredith o fazia. Claro que as bolsas de Meredith era
usualmente carteiras de desenhistas que realçavam suas roupas que levavam sempre coisas
úteis como pequenos cadernos e chaveiros com lanternas, de todo jeito… um garoto teria o
celular em seu bolso.
Desde agora vou levar uma bolsa na cintura, pensou Bonnie, sentindo como se estivesse
elevando uma bandeira rebelde para garotas em qualquer lado e por um momento sentiu o
pânico retroceder.
Depois viu Meredith se agachando, uma figura encurvada na luz tênue e no mesmo momento
ela sentiu a imagem apertando seu tornozelo. Ela deu uma olhada para baixo e viu os dedos
compridos e bronzeados de Caroline e suas compridas unhas bronze sobre o tapete creme.
O pânico voltou a ela com todas suas forças. Fez um barulho afogado que era um grito
estrangulado e para seu próprio assombro ela espontaneamente entrou em transe e começou a
chamar.
Não era o fato de que estivesse chamando que a surpreendeu, era o que estava dizendo.
Damon! Damon! Estamos presas na casa de Caroline e ela ficou louca! Ajuda!
Isso fluiu como se fosse um poço de água que tinha explodido soltando um gêiser.
Damon, ela está me segurando pelo tornozelo – e não me solta” se ela puxar Meredith para
baixo, não sei o que vou fazer! Me ajude!
Vagamente porque o transe era bom e profundo, ela escutou Meredith dizer “Ah-hã! Sinto
como se fossem dedos, mas de fato é uma videira, deve ser um desses tentáculos dos que
Matt falou. Estou – tentando – de quebrar um – desses…”
Ao mesmo tempo houve barulhos em baixo da cama e não era de um só lugar, mas houve
batidas massivas e sacudidas que de fato empurravam o colchão para baixo e para cima com
a pobre senhora Forbes em cima.
Deveria ter dúzias desses insetos aí em baixo.
Damon, são essas coisas! Muitos deles. Oh, Deus, acho que vou desmaiar. E se desmaiar – e
se Caroline me puxar para baixo… Oh, por favor, venha e ajuda!
“Demônios!” Meredith estava dizendo “Não sei como Matt fez isso. Está muito apertado e –
e acho que tem mais tentáculos ali e m baixo.
Tudo terminou, Bonnie enviou sua última conclusão, sentindo como a puxavam de seus
joelhos. Vamos morrer.
“Induvidavelmente – esse é o problema com os humanos. Mas não ainda” Uma voz disse
atrás dela e seu braço forte a envolveu levantando seu peso facilmente “Caroline, a diversão
acabou, é sério. Vai embora!”
“Damon?” Bonnie soltou um grito afogado “Você veio!”
“Todos esses gemidos me tiram do sério. Isso não significa –”
Mas Bonnie não estava escutando, inclusive também não estava pensando. Ela ainda estava
meio em transe e não era responsável (decidiu depois) de seus próprios atos. Ela não era ela
mesma, era alguém mais que estava extasiada quando sentiu seu tornozelo livre, e alguém
mais que se libertou de Damon e com seus braços envolveu seu cabelo e o beijou na boca.
Era alguém mais também que sentiu que Damon se sobressaltou com seus braços ainda a
envolvendo, e que percebeu que ele não fez nenhuma tentativa para empurrar-la e que o
deixara de beijar. Essa pessoa também se deu conta quando finalmente ela se inclinou para
trás, que a pele de Damon, pálida na luz tênue, se via como se tivesse corado.
E aí foi quando Meredith se endireitou um pouco dolorida desde o outro lado da cama que
ainda se sacudia de cima a baixo. Ela não tinha visto nada do beijo e viu Damon como se na
realidade não pudesse acreditar que estava ali.
Ela estava um uma grande desvantagem. E Bonnie sabia que ela sabia. Essa era uma dessas
situações onde todos estavam tão nervosos para falar, ou inclusive gaguejar.
Mas Meredith respirou fundo e falou em voz baixa “Obrigada Damon… Você acha – que
será muito problema fazer que os Malach se afastem de mim também?”
Agora ele se via como o antigo Damon, deu um de seus brilhantes sorriso a algo que
ninguém mais podia ver e disse em voz enojada “E isso é para o resto de vocês aí em baixo –
Fora!” ele estalou os dedos.
A cama parou de se mover no instante.
Meredith se afastou e fechou os olhos um momento aliviada.
“Obrigada outra vez” disse com a dignidade de uma princesa mas ferventemente “E agora
você acha que pode dar um jeito em Caroline”
“Agora mesmo” Damon cortou brutalmente do que de costume “Tenho que correr” ele deu
uma olhada ao rolex em seu pulso “São as 4:44, tenho um encontro e vou tarde. Vem aqui e
segure-a, está tonta e não está completamente pronta para ficar de pé sozinha”
Meredith se apressou para mudar de lugar com ele, nesse ponto, Bonnie descobriu que suas
pernas deixaram de tremer.
“Espera um segundo, acho” disse Meredith rapidamente “Elena necessita falar com você –
desesperadamente –”
Mas Damon já tinha ido, era como se dominasse a arte da desaparição, nem sequer esperou
que Bonnie agradecesse. Meredith parecia surpresa, era como se tivesse tido a certeza que só
com mencionar o nome de Elena o ia parar, mas Bonnie tinha outra coisa em mente.
“Meredith” sussurrou Bonnie colocando dois de seus dedos em seus lábios assustadas “O
beijei!”
“O que? Quando?”
“Antes que você levantasse. Eu – nem sequer sei como, mas fiz!”
Ela esperou alguma classe de explosão em Meredith. Em troca, Meredith a olhou pensativa e
murmurou “Bem, talvez isso não foi tão ruim depois de tudo. O que não entendo é porque
apareceu aqui em primeiro lugar”
“Uh, essa foi eu também, eu o chamei, também não sei como aconteceu –”
“Bem, não vamos tentar descobrir isso aqui” Meredith virou para a cama “ Caroline, você
vai sair daí? Você vai levantar e ter uma conversa normal?”
Houve um assobio ameaçador e como de um réptil de baixo da cama junto com a chicotadas
dos tentáculos e outros barulhos que Bonnie jamais tinha escutado, mas que a aterrorizavam
instintivamente, era como o estalo de pinças gigantes.
“Essa resposta é suficiente para mim” disse a agarrou Meredith para arrastá-la fora do
quarto.
Meredith não necessitava que a arrastassem, mas pela primeira vez no dia escutaram a voz de
Caroline gozando e alta como a de uma criança.
“Bonnie e Damon sentados em uma árvore
B-E-I-J-A-N-D-O-S-E
Primeiro vem o amor, depois vem o casamento;
Depois vem um vampiro em um carrinho de bebê”
Meredith parou no corredor “Caroline, você sabe que isso não vai ajudar. Saí daí”
A cama entrou num frenesi se curvando e subindo. Bonnie virou e correu, sabia que
Meredith estava bem atrás. Seguiam sem se livrar das palavras da canção:
“Não são minhas amigas. São amigas da vadia. Esperem só! Esperem só!”
Bonnie e Meredith pegaram suas bolsas e saíram da casa.
“Que horas são?” perguntou Bonnie quando já estavam a salvo no carro de Meredith.
“Quase as cinco”
“Parece que se passou muito mais!”
“Eu sei, mas nos restam poucas horas do dia. E , falando nisso, tenho uma mensagem de
texto de Elena”
“Sobre Tamy?”
“Te direi, mas primeiro – “ Essa foi uma das poucas vezes que Bonnie viu Meredith um
pouco atrapalhada, finalmente ela soltou “Como foi?”
“Como foi o que?”
“Beijar Damon, boba”

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