“Quem é?” uma voz dizia desde a floresta escura “Quem está aí?”
Bonnie estava raramente mais agradecida que ninguém por ter Matt a segurando, ela
necessitava contato de gente. Se ela podia estar abraçada a outras pessoas, de algum modo,
se sentia a salvo. Ela apenas se segurou para não gritar enquanto a tênue luz oscilava na cena
surrealista.
“Isabel!”
Sim, era realmente Isabel, não no hospital Ridgemon, mas sim no Velho Bosque. Ela estava
de pé na baia, quase pelada exceto pelo sangue e pelo barro. Bem ai, nesse contexto, ela se
via como amos, a presa e um tipo de deusa no bosque, a deusa da vingança e das coisas
caçadas, e do castigo para qualquer que se atravessara em seu caminho. Ela estava se
enrolando, respirando fortemente, com bolhas de saliva saindo de sua boca, mas ela não
estava débil. Só tinhas que ver seus olhos vermelhos iluminados para notar-lo.
Detrás dela, caminhando sobre os ramos e deixando sair um ocasional grunhido ou maldição,
tinham mais duas figura. Uma alta e magra, mas com algo inchado em cima, e outra pequena
e corpulenta. Eles se viam como gnomos tentando seguir a deusa do bosque.
“Doutor Alpert!” Meredith apenas podia fazer soar sua voz controlada.
Ao mesmo tempo, Bonnie viu que os piercings de Isabel estavam muito piores, tinham
perdido muitos de seus aros e agulhas, mas ficou sangue e também pus saindo das faridas.
“Não a assustes” disse a voz de Jim nas sombras “Temos estado a seguindo desde que
tivemos que parar” Bonnie pôde sentir Matt, que tinha deixado sair ar para gritar, de repente
parou. Ela também pôde ver porque Jim se via tão inchado em cima, ele levava agarrado ao
estilo japonês a Obaasan em suas costas, com seus braços rodeando seu pescoço.
“O que aconteceu?” sussurrou Meredith “Pensamos que tinham ido ao hospital”
“De algum jeito uma árvore caiu na rua, depois que as deixamos e não pudemos dar a volta
para ir ao hospital, nem a nenhum outro lado. Não só isso, mas tinha uma árvore com um
ninho de vespas ou algo dentro. Isabel acordou” o doutor estalou os dedos “e quando escutou
os zumbidos, se apresou e correu longe deles. Corremos atrás dela. Não me importaria dizer
que tivesse feito o mesmo de ter ficado sozinha”
“Alguém viu essas vespas?” perguntou Matt, depois de um momento.
“Não, tudo ficou escuro. Mas os escutamos também, a coisa mais estranha que tenhamos
ouvido, soava como uma vespa gigante” disse Jim.
Meredith estava apertando o braço de Bonnie pelo outro lado, ou para se assegurar que
ficasse calada ou para animar-la a que falasse, Bonnie não tinha idéia. E que poderia ela
dizer? As árvores caídas seguiram assim até que a policia decida olhar-las? “Oh, e cuidado
com a onda de bichos endemôniados tão longos como seus braços? E por certo, há
provavelmente um em Isabel agora? Isso realmente assustaria Jim.
“Se soubesse o caminho para a pensão, levaria estes três lá” a Sra. Flowers estava dizendo
“Eles não são parte disto”
Para a surpresa de Bonnie, o doutor Alpert não se incomodou em declarar que ele também
estava ‘não são parte disso’ ele também não perguntou a Sra. Flowers que fazia a essas horas
com dois adolescentes no Velho Bosque, o que estava dizendo era ainda mais surpreendente
“Vimos as luzes acesas quando começaram a gritar, está bem por ali”
Bonnie sentiu que os músculos de Matt se apertaram contra ela “Graças a Deus” disse ele, e
depois lentamente “Mas isso não é possível, deixei os Dunstains como dez minutos antes de
encontrar-nos e a pensão está bem do outro lado do Velho Bosque. Deveria tomar pelo
menos 45 minutos para chegar”
“Bem, impossível ou não, vimos a pensão, Theophila. Todas as luzes estavam acesas, as de
cima e as de baixo, é impossível enganar-se. Tem certeza que não está desperdiçando
tempo?” ele acrescentou a Matt.
O nome da Sra. Flowers é Theophila, pensou Bonnie e teve que frear para não soltar
risadinhas, a tensão lhe estava ganhando.
Mas bem quando estava pensando nisso, Meredith lhe deu outro aperto.
As vezes ela pensava que Meredith, Elena e ela tinham uma espécie de telepatia. Talvez não
era telepatia, mas as vezes com só um olhar, uma olhada, podiam dizer-se mais que páginas e
páginas de argumentos. E as vezes – não sempre, mas as vezes – Matt e Stefan pareciam ser
parte disso. Não é que fosse telepatia real, com vozes claras em sua cabeça que podiam estar
em seus ouvidos, mas as vezes os garotos pareciam estar... no canal das garotas.
Porque Bonnie sabia exatamente o que queria dizer esse apertão, queria dizer que Meredith
tinha apagado a lâmpada do quarto de Stefan e que a Sra. Flowers tinha apagado as luzes de
baixo quando foram. Bonnie tinha uma imagem muito vivida da pensão sem luzes, uma
imagem que não se podia fazer realidade agora.
Alguém está tentando jogar com nós, era o que o aperto de Meredith queria dizer. E Matt
estava na mesma sintonia, inclusive se era por uma diferente razão. Ele se inclinou um pouco
para Meredith com Bonnie na metade.
“Mas talvez deveríamos voltar para o Dunstains” disse Bonnie com sua voz mais angustiada
“Eles são pessoais normais, poderiam nos proteger”
“A pensão era bem atrás deste alto” disse o doutor Alpert firmemente “E realmente
apreciaria seu conselho de como diminuir as infecções de Isabel” lhe acrescentou a Sra.
Flowers.
A Sra. Flowers estava olhando, não tinham mais palavras para isso “Oh, Deus, que
lisonjeiro. Uma coisa seria limpar as feridas imediatamente”
Isso era tão obvio e tão diferente da Sra. Flowers que Matt apertou a Bonnie justo enquanto
Meredith se inclinava para ela. Ei! Pensou Bonnie. Temos esta coisa telepática! Então é o
doutor Alpert perigoso, está mentindo.
“É isso então. Vamos para a pensão” disse Meredith calma “E Bonnie, não te preocupes.
Vamos cuidar de você”
“Claro que faremos” disse Matt lhe dando um ultimo apertão forte que queria dizer, entendo,
sei quem está do nosso lado. Em voz alta acrescentou em uma falsa voz severa “Não seria
bom ir aonde os Dunstains de todo jeito. Já tinha dito a Sra. Flowers e as garotas sobre isso,
eles tem uma filha que está como Isabel”
“Perfurando a si mesma?” disse o doutor sobressaltado e horrorizado.
“Não. Ela só está agindo muito estranho, mas não é um bom lugar”.
Apertão.
Já entendi faz tempo, pensou Bonnie chateada, agora se supõe que devo ficar calada.
“Nos guie pelo caminho, por favor” disse a Sra. Flowers, parecendo olhar mais que nunca.
“De volta para a pensão”
E eles deixaram Jim e o doutor liderar o caminho, Bonnie se manteve queixando entre
dentes no caso de que alguém estivesse escutando. E Matt, Meredith e ela vigiaram Jim e o
doutor.
“Bem” Elena disse a Damon “Estou tonta como alguém na cobertura de um transatlântico,
estou tensa como uma guitarra e estou farta deste retraso. Entãaaaaao... qual é a verdade,
toda a verdade e nada mais que a verdade?” ela sacudiu sua cabeça, o tempo tinha se
entendido para ela.
Damon disse “De algum jeito, estamos em uma pequena bola de neve que fiz para mim. Isso
significa que ninguém nos vai ver nem escutar por uns momentos, agora é o momento de
falar sério”
“Então é melhor falarmos rápido” ela sorrio o animando.
Ela estava tentando ajudar-lo. Sabia que ela necessitava ajuda. Ele queria lhe dizer a verdade,
mas era tão longe de sua natureza, era como pedir a um cavalo endemôniado que se deixasse
montar, dominar.
“Há mais problemas” disse ele asperamente e ela soube que tinha lido seus pensamentos
“Eles – eles tentaram fazer impossível te falar disto. Eles fizeram ao estilo dos contos de
fadas: colocando muitas condições. Não pude te dizer entre a casa, mas também não fora.
Não te pude dizer com a luz do sol, mas também não com a luz da lua. Bem, o sol se
escondeu e resta uma meia hora para que a lua levante e eu digo que essa condição está
cumprida. E não te osso dizer quando estejas vestida ou pelada” Elena automaticamente de
uma olhada alarmada, mas nada tenha mudado até onde podia dizer.
“E acho que essa condição está cumprida também, porque ainda que ele me jurou que estava
me deixando sair de sua bola de neve, não o fez. Estamos em uma casa que não é uma casa –
é um pensamento na mente de alguém. Você está vestindo roupa que não é roupa real, é
imaginária”
Elena abriu sua boca outra vez, mas ele colocou dois dedos em seus lábios “Espera, só deixeme
seguir agora que posso. Eu achei que ele jamis ia se deter de por condições, as que pegou
de um conto de fadas. Ele está obcecado com Ito, e com a antiga poesias inglesa. Não sei
porque já que, ele é do outro lado do mundo, do Japão. Esse é quem Shinichi é, e ele tem
uma irmã gêmea... Misao”
Damon deixou de respirar dificilmente depois disso e Elena percebeu que devia ter outra
condição interna antes de dizer.
“Ele gosta que traduzas seu nome como morte primeiro, o número um em assuntos de morte.
Eles dois são como adolescentes, realmente, com seus códigos e jogos, ainda que tenham mil
anos”
“Mil?” Elena deu um empurrão gentilmente enquanto Damon se moveu para, parar virandose
exausto, mas determinado.
“Odeio pensar em quantos mil anos devem levar fazendo travessuras. Misao é quem tem
estado fazendo todas essas coisas nas garotas da cidade. Ela as possui com os Malach e
depois faz que os Malach as façam fazer coisas. Lembra dessa historia americana, as Bruxas
de Salém? Essa era Misao, ou alguém como ela, e isso aconteceu centenas de vezes antes
disso. Poderia olhar sobre as freiras Ursulinas quando saias disto. Era um convento tranqüilo
onde depois todas ficaram exibicionistas e pior ainda – algo ia mal, e todos os que tentavam
ajudar ficam possuídos também”
“Exibicionistas? Como Tamia? Mas ela é só uma menina – ”
“Misao é só uma menina, em sua cabeça”
“E onde entra Caroline?”
“Num caso como este, sempre tem um instigador – alguém que esteje disposto a fazer um
pacto com o diabo – ou um demônio, realmente. Aí é onde entra Caroline. Mas para uma
cidade inteira, deveram dar algo verdadeiramente grande”
“Uma cidade inteira? Eles vão tomar Fell’s Church...?”
Damon olhou para o outro lado. A verdade era que eles ia destruir Fell’s Church, mas não
tinha coragem em dizer. Suas mãos estavam vagamente roçando seus joelhos enquanto ele se
sentava na desvincilhada cadeira de madeira do mirante.
“Antes de poder fazer algo para ajudar a alguém, temos que sair daqui, sair do mundo de
Shinichi, isto é importante. Eu posso – bloquear-lo por pequenos períodos de tempo de que
nos olhe – mas depois me canso e necessito sangue. Mais sangue do que você possa se
regenerar, Elena” ele a olhou “Ele colocou aqui a bela e a besta e vai nos deixar para ver
quem ganha”
“Se você quer dizer quem mata o outro, vai ter uma longa espera”
“Isso é o que você acha agora, mas esta é um armadilha feita especialmente. Não há nada
aqui exceto o Velho Bosque assim como estava quando começamos a dirigir nele. Está quase
nulo de outros habitantes humanos. A única casa é esta casa, as únicas criaturas viventes
somos nós dois. Você vai me querer morto cedo”
“Damon, não entendo. O que eles querem aqui? Inclusive com o que disse Stefan das linhas
do ponto de referencia sinalizando...”
“Foi sua sinalização que os trouxe aqui, Elena. Tinham curiosidade como crianças e tive um
pressentimento de que eles estavam em problemas onde seja que em realidade vivam. É
possível que eles tenham visto o final da batalha, te vendo renascer...”
“E então eles querem... nos destruir? Para se divertirem? Para destruir uma cidade e nos fazer
de marionetes?”
“As três coisas por momento. Eles poderiam estar se divertindo até que alguém mais pediu
clemência, de seu caso em alguma alta corte em outra dimensão. E sim, para eles diversão é
se desfazer de uma cidade. Também acho que Shinichi voltou a fazer o acordo comigo
porque quer algo mais que a cidade, então eles poderiam terminar lutando entre eles”
“Que acordo com você, Damon?”
“Por você. Stefan te tinha, eu te quis, ele te quer”
A seu pesar, Elena sentiu um frio juntando-se na metade de seu corpo sentindo que ali
começava os tremores que se estavam estendendo por seu corpo “E o acordo original é?”
Ele olhou para o outro lado “Esta é a parte ruim”
“Damon, o que você fez?” ela chorou quase gritando “Qual é o acordo” todo seu corpo
estava se sacudindo.
“Fiz um acordo com o demônio, e sim, sabia quem era quando o fiz. Foi na noite depois que
as árvores atacaram seus amigos – depois de que Stefan me expulsou de seu quarto. Isso e –
bem, estava chateado, mas ele tomou minha raiva e a estimulou. Ele estava me usando, me
controlando; agora vejo. Aí foi quando começou com seus acordos e condições”
“Damon – ” Elena começou temerosamente, mas ele continuou falando rapidamente como se
ele tivesse que através disto, ver sua conclusão antes que ele perdesse o nervos “O acordo
final foi que ele podia me ajudar a tirar Stefan fora do caminho então eu poderia te ter,
enquanto ele teria Caroline e o resto da cidade para compartilhar-la com sua irmã. Assim lhe
dar vantagem ao acordo com Caroline para o que fosse que ela estivesse obtendo de Misao”
Elena lhe deu um tapa. Não estava segura de como tinha conseguido abrigada como estava
para liberar uma mão e fazer o movimento rápido, mas o fez. E então esperou vendo como
caia sangue de seu lábio, para ele por retaliação ou pela força de tentar matar-lo.
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