terça-feira, 12 de junho de 2012

Capítulo 4


Com o contrato seguro no bolso de Bonnie, eles se dirigiram para a pensão onde Stefan
vivia. Procuraram a Senhora Flowers, mas não a encontraram, o usual. Então subiram as
estreitas escadas com o tapete e por uma tábua solta avisando que eles subiam.
“Stefan! Elena! São vocês!”
A porta mais alta se abriu e Stefan mostrou o rosto. Ele se via – diferente de algum modo.
“Feliz” Bonnie sussurrou para Meredith.
“É ele?”
“Claro” Bonnie estava em choque “Tem Elena de volta”.
“Sim, a tem. Justo do modo em que estava quando se encontraram, aposto. Você a viu no
bosque” a voz de Meredith era forte com relevância.
“Mas…isso é… Oh! Não. Ela é humana outra vez!”
Matt olhou para baixo nas escadas e disse “Será que dá para vocês duas ficarem quietas? Nos
vão escutar”.
Bonnie estava confundida, claro que Stefan os poderia escutar, mas se você se preocupar
como que Stefan escute, também te preocuparias porque escute o que pensas também –
Stefan podia alcançar o sentido do que você está pensando, porém não as palavras.
“Garotos!” Disse Bonnie “Quero dizer que sei que é totalmente necessário, mas as vezes não
entendem”
“Espera tratar dos homens” sussurrou Meredith e Bonnie pensou em Alaric Saltzman, o
estudante universitário com o que Meredith estava mais ou menos comprometida.
“Poderia te dizer um par de coisas” disse Caroline, observando suas arregaladas unhas com
aspecto desgastado.
“Mas Bonnie não necessita sabê-las ainda.Ela vai ter tempo de aprender” finalizou Meredith
em um tom maternal “Vamos para dentro”
“Sentem-se, sentem-se” Stefan os estavam animando quando entraram. O perfeito anfitrião.
Mas ninguém conseguiu se sentar, todos seus olhos estavam em Elena.
Ela estava sentada em frente à janela aberta do quarto, com o vento fresco movendo as ondas
de seu vestido de noite. Seu cabelo era dourado novamente, não do branco dourado que tinha
quando era vampira. Ela se via exatamente do modo em que Bonnie se lembrava.
Exceto que ela estava flutuando atrás com os pés acima do chão.
Stefan os viu todos apalermados
“É algo que ela faz” disse quase se desculpando “Ela acordou um dia depois da nossa luta
com Klaus e começou a flutuar. Creio que ainda não a afeta a gravidade”
Virou-se para Elena “Olha quem veio te visitar” disse atraindo-a
Elena estava olhando. Seus olhos azuis com dourado estavam curiosos, mas não houve ma
pista de reconhecimento a seus visitantes.
Bonnie tinha os braços elevados.
“Elena” disse “Sou eu, Bonnie. Lembra? Eu estava ali quando você regressou e estou tão
feliz de te ver”.
Stefan tentou novamente “Elena, lembra? Estes são seus amigos, seus bons amigos. São
todos. A beleza de cabelo preto é Meredith, a pequena fada ardente é Bonnie e este garoto
com look americano é Matt”
Algo sacudiu a cabeça de Elena e ele repetiu “Matt”
“E eu? Ou sou invisível?” Caroline disse desde a porta. Ela soava de bom humor, mas
Bonnie soube que Caroline cerrou seus dentes quando viu Stefan e Elena juntos e fora de
perigo.
“Você tem razão, me desculpe” disse Stefan e depois fez algo que nenhum garoto normal de
18 anos faria, pegou a mão de Caroline e a beijou com a elegância quando faziam há meio
milênio atrás. Que com certeza, era de onde ele vinha, pensou Bonnie.
Caroline se via sutilmente vaidosa – Stefan havia tomado seu tempo com o beijo e logo disse
“E a última, mas não mais importante, a beleza bronzeada aqui é Caroline” Logo,
gentilmente em uma voz que Bonnie só havia ouvido um par de vezes disse “ Não se lembra
deles, amor? Eles quase morrem por você – e por mim”. Elena flutuava facilmente, agora
estava em uma posição quase de pé se balançando como um nadador tentando ficar quieta na
água.
“Fizemos porque nos importam” disse Bonnie e levantando os braços novamente para um
abraço “Mas nunca suspeitamos que voltaria, Elena” seus olhos se encheram “ Vieste por
nós. Não se lembra de nós?”
Elena flutuou diretamente de onde estava até ficar de frente para Bonnie.
Continuava sem haver algum reconhecimento em seu rosto, mas havia algo mais. Era um
sinal de aprovação e tranqüilidade. Elena irradiava calma, paz e amor incondicional que fez
Bonnie respirar mais forte e fechar seus olhos. Ela pôde sentir uma luz em seus olhos, o
oceano em seus olhos. Depois de um momento Bonnie soube que estava em perigo de chorar
perante o poder da bondade – uma palavra que já quase não se usava nesses dias. Algumas
coisas seguiam sendo simples, intocavelmente boas.
Elena era boa.
E então com um delicado toque nas costas de Bonnie, Elena flutuou para Caroline com seus
braços abertos.
Caroline estava nervosa com sua bochechas escarlates. Bonnie viu, mas não entendeu. Todos
tinham vontade de sentir a atmosfera que rodeava Elena, Caroline e Elena haviam sido
amigas – antes de Stefan. Sua rivalidade tinha sido amistosa. Era bom para Elena abraças
primeiro Caroline.
Então Elena envolveu em um círculo Caroline que estava aponto de dizer “Eu –” quando lhe
deu um beijo totalmente na boca, não era só um beijinho. Elena colocou em volta do pescoço
de Caroline seus braços. Por um largo momento Caroline ficou mortalmente imóvel em
choque. Depois ela voltou e lutou, primeiro suavemente e depois tão forte que Elena foi
jogada no ar com os olhos arregalados.
Stefan a pegou como um apanhador no beisebol.
“Que demônios – ?” Caroline estava limpando sua boca.
“Caroline!” a voz de Stefan era de protesto “Não é nada do que está pensando, isto não é
sobre sexo. Ela só está te identificando, aprendendo quem você é. Ela pode fazer isso agora
que voltou”.
“Cachorros da pradaria” disse Meredith em essa voz fria que tinha para tranqüilizar “ Os
cachorros da pradaria beijam quando se conhecem. Fazem exatamente o que você disse,
Stefan. O fazem para identificar…”
“Caroline estava mais para lá do poder de Meredith para tranqüilizar, de todos os modos.
Limpar sua boca não tinha sido uma boa idéia, agora tinha manchada sua boca de gloss.
escarlate e agora se via como se fosse à noiva em um filme de Drácula “Estão loucos? O que
vocês acham que sou? Porque alguns hamsters fazem então está bem?” Agora estava
vermelha, desde sua garganta à raiz de seu cabelo.
“Cachorros da pradaria, não hamsters”
“Oh! E quem se importa com um – ” Caroline cortou ao ver que Stefan estava oferecendo
uma caixa de lenços, ele já havia limpado as manchas escarlates dos lábios de Elena.
Caroline pegou e foi com pressa ao banheiro do sótão de Stefan e fechou a porta.
Bonnie e Meredith se olharam nos olhos e depois respiraram aliviadas, convulsionaram e
depois começaram a rir. Bonnie fez uma breve imitação da expressão frenética de Caroline
enquanto se esfregava. Meredith deu uma sacudida de reprovação, mas ela tinha Stefan e
Matt de espectadores rindo também. Ela diminuiu um pouco a tensão do momento – eles
haviam visto Elena novamente com vida, depois de seis largos sem ela – mas não podiam
deixar de rir.
Ou ao menos não podiam até que viram sair do banheiro uma caixa de lenços batendo na
cabeça de Bonnie – e todos souberam que a porta se abriu forte – e ali estava o espelho do
banheiro. Bonnie viu a expressão de Caroline no espelho cheio de resplendor.
Sim, ela viu enquanto zombavam dela.
A porta se fechou de novo – desta vez, como se houvesse sido chutada. Bonnie arrumou seu
cabelo e agarrou suas ondas vermelhas, desejando que a terra se abrisse e a engolisse.
“Desculpa” disse depois de engolir saliva, tratando de ser madura. Depois virou e percebeu
que todos estavam concentrados em Elena, que estava claramente preocupada por haver sido
desprezada.
Foi algo bom que tivéssemos feito Caroline assinar esse pacto, pensou Bonnie. E também era
bom que já – sabem – quem, tivesse assinado também. Se havia algo que Damon sabia, eram
as consequências que trariam.
Inclusive quando estava pensando nisso, ela se uniu aos outros ao redor de Elena. Stefan
estava tentando abraçá-la; e Matt e Meredith tentavam lhe dizer que estava bem.
Quando Bonnie se uniu, Elena se levantou tentando ir no banheiro, sua cara de sofrimento,
em seus olhos azuis haviam lágrimas. A serenidade de Elena havia sido quebrada com a dor
e o desprezo – e de baixo disso, surpreendentemente havia um temor, a intuição de Bonnie
deu uma pontada.
Mas ela lhe deu um tapinha no cotovelo de Elena, a única parte que pôde alcançar dela e
uniu sua voz em coro: “Você não sabe porque se chateou. Não ligue para ela”
Lágrimas de cristal caiam pelas bochechas de Elena e Stefan as limpou com um lenço como
se cada uma fosse apreciada.
“Ela acredita que Caroline está chateada” disse Stefan “E está preocupada – por alguma
razão que não posso entender”
Bonnie soube que Elena podia se comunicar – mentalmente “Sinto isso também” disse ela
“A dor. Mas diga – quero dizer – Elena, prometi, peço perdão, imploro”
“Pode ser que todos tenhamos que implorar” disse Meredith “Mas enquanto isso que estar
segura que este ‘anjo inconsciente’ me reconheça”
Com uma expressão de tranqüila sofisticação, ela pegou Elena dos braços de Stefan a aos
seus e depois a beijou.
Desafortunadamente, isso foi no mesmo momento que Caroline estava saindo do banheiro,
sua cara estava branca por ter tirado toda a maquiagem: labial, bronzeador, tudo. Ela ficou
parada e começou.
“Não posso acreditar” disse em um tom feroz “Continuam fazendo, isso é nojento”
“Caroline” Stefan a advertiu
“Vim ver Elena” Caroline – a linda, flexível e bronzeada Carolina – estava retorcendo suas
mão em contradição “ A antiga Elena. E o que encontro? Ela é como um bebê – não pode
falar. Ela agora é como um guru com sorriso maligno flutuando no ar. E agora é como uma
classe de pervertida – ”
“Não termine isso” disse Stefan calmo, mas firme “Te disse que os primeiros sintomas
passarão em alguns dias, a julgar pelo rápido que está progredindo”
E ele era diferente, de algum modo, pensou Bonnie. Não só feliz por ter Elena de volta. Ele
era… mais forte de algum modo em seu interior. Stefan sempre havia sido calmo em seu
interior, como uma piscina de água clara. Agora ela viu essa água clara virando um tsunami.
O que será que o mudou tanto?
A resposta chegou a ela no instante, porém em forma de outra pergunta. Ela continuava
sendo para espírito – a intuição de Bonnie disse. Que aconteceria se bebesse o sangue de
alguém nesse estado?
“Caroline, chega” disse ela “Desculpe, na realidade, desculpe por – já sabe. Fiz besteira e
desculpa”
“Oh, se desculpa. Então isso faz que tudo esteja bem, não é assim?” A voz de Caroline era
puro ácido e no final deu as costas a Bonnie. Bonnie estava surpreendida de sentir escorrer
lágrimas de baixo dos olhos.
Elena e Meredith seguiam se abraçando, elas estavam se olhando e Elena ria.
“Agora vai te reconhecer em qualquer lugar” lhe disse Stefan “Não só seu rosto – bem, seu
interior ou sua forma pelo menos. Devia ter dito isso antes de começar, mas sou o único que
‘conheceu’ e eu não –”
“Devia ter-lo feito” Caroline estava passeando como um tigre.
“Você beijou uma garota, e que?” explodiu Bonnie “O que ta pensando, que vai crescer uma
barba na tua cara agora?”
E como impulsionada pelo conflito ao seu redor, de repente se elevou. Todo o tempo ela
estava assoviando ao redor do quarto como se fosse sido disparada por um canhão. Seu
cabelo se mexia como eletricidade quando voltava. Ela disparou duas vezes pelo quarto e
assim como sua silhueta se via pela janela, Bonnie pensou “Oh Meu Deus”. Devemos lhe
conseguir roupa? Ela viu Meredith que parecia pensar no mesmo. Sim, deviam lhe conseguir
roupa – sobre tudo roupa íntima.
Assim quando Bonnie chegava perto de Elena, tão tímida como se nunca lhe houvesse
beijado antes. Caroline explodiu.
“Vocês só fazem, e fazem e fazem” ela estava quase gritando agora, pensou Bonnie “O que
está acontecendo com vocês? Vocês não tem moral?”
Isto, desafortunadamente, causou outro caso de não devo rir, não devo rir soltando risadinhas
em Bonnie e Meredith. Inclusive Stefan se inclinou um pouco acidamente, sua educação era
uma batalha perdida.
Não só uma convidada, pensou Bonnie, mas uma garota ficando muito má, assim como
Caroline não tinha vergonha em fazer todo mundo saber quando teve suas mãos nele.
Perto de onde podia chegar um vampiro, Bonnie lembrou que isso não era tudo. Algo de
compartilhar sangue substituindo para – bom, para fazê-lo. Mas ele não era o único que
Caroline havia presumido. Caroline era infame.
Bonnie deu uma olhada em Elena, para ver que Elena estava olhando Caroline com uma
expressão estranha. Não era de medo, mas podia ver que Elena estava preocupada por ela.
“Você está bem?” lhe perguntou e para sua surpresa Elena assentiu, logo olhou para Caroline
e sacudiu sua cabeça. Ela cuidadosamente olhava para Caroline de baixo para cima e sua
expressão era de um médico examinando seu paciente muito doente.
Depois flutuou para Caroline com uma mão estendida.
Caroline se protegeu, como se não gostasse que Elena lhe tocara. Não, não gostava, pensou
Bonnie, mas assustada.
“Como posso saber o que vai fazer agora?” saltou Caroline, mas Bonnie soube que essa não
era a verdadeira razão do medo. O que devemos fazer agora? Se pergunto. Elena estava
temerosa de Caroline e Caroline estava temerosa com Elena. O que o fazia assim?
Os sentidos psíquicos de Bonnie estavam batendo nela. Tinha algo mal em Caroline, ela
sentiu, algo que não havia sentido jamais. O ar… estava espesso de algum modo, como se
estivesse se criando uma tempestade.
Caroline se moveu para se afastar de Elena indo atrás de ma cadeira.
“Só tirem este fenômeno para longe de mim, ta bom? Não deixarei que me toque outra vez
começo ela quando Meredith mudou a situação com duas palavras.
“O que me disse?” disse Caroline fixamente.

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